quinta-feira, 12 de abril de 2012

METALLICA - Ride the Ligthing - 1984


Sem duvida é épico. Difícil encontrar palavras que ainda não foram ditas pra descrever essa obra prima do Trash metal americano, pai de quase todas as vertentes existentes hoje no que se refere a som pesado. Ride the Ligthing foi concebido de forma pura e simples, dando sequencia ao debut devastador. A sonoridade melhora consideravelmente em relação ao primeiro disco, tornando-o até mais acessível por que não? Digo isso pelo motivo do disco conter uma das mais famosas baladas da banda “Fade to Black”, que dispensa apresentações e comentários maiores. “For Whom the Bells Tolls” é a melhor do disco com certeza, não só pelo peso, mas pela construção da musica em si, que para época era algo inédito, e se pensarmos bem, ainda é hoje em dia de certa forma. Os riffs criados por James e Kirk são da mais absoluta maestria, e que realmente faz a gente crer que é possível sim aliar musica pesada com melodias audíveis e compreensivas. Considerando que este é sempre o terceiro disco favorito da discografia da banda pela maioria dos fãs, podemos considerá-lo também no posto da santíssima trindade da banda, juntamente com Master of Puppets e o Black Album. Não que os outros sejam ruins, longe disso, mas é impossível falar de Metallica e não destacar esse play. Tá aí uma ótima dica saudosista pra quem faz tempo que não ouve alguma coisa dos caras seja pelo excesso de exposição midiática ou por que enjoou mesmo. Ou, pra que ainda não conhece esse lado primoroso do Metallica por conta do modismo desenfreado que toma conta dos veículos de informação musical que temos hoje em dia. Recomendadíssimo!

Melhor musica: For Whom The Bells Tolls

Musica desnecessária: Escape

Nota: 9

Line Up:

James Heitfield: Vocal and Guitars

Kirk Hammet: Guitars

Cliff Burton: Bass

Lars Ulrich: Drums

ENGENHEIROS DO HAWAII - Acústico MTV - 2004


Confesso que é bem difícil por aqui uma postagem nacional, por isso, esta primeira vem de forma despretensiosa. Conheci este cd meio que por obrigação há alguns anos por ter de tocar algumas musicas nos shows da banda que tinha na época, cd e DVD na verdade. O que encontramos aqui na verdade é um catado de praticamente duas músicas por disco, algumas muito bem rearranjadas, outras nem tanto assim. O play é bem constante e com repertório uniforme, onde quando menos esperamos, está tocando de novo e nem percebemos. Muito bem gravado, o Acústico MTV teve um dos seus melhores filhos neste formato, simples suficientemente agradável e harmônico. Destaques positivos para “Refrão de Bolero, Infinita Highway, 3x4 e Dom Quixote”. Estas duas ultimas, infinitamente melhor que as suas respectivas versões originais (horrendas), diga-se de passagem, adquiri alguns discos da banda para ter as conações originais e me arrependi um pouco... Sonzinho fraco e limitado tecnicamente, já que é assim, fico com o acústico mesmo, ainda que tenha a mancada de Humberto Gessinger por sua filha pré-adolescente pra cantar uma musica, sei lá se inédita ou não, o fato é que a guria desafina e tem uma voz feinha, dai ou você pula a musica sempre, ou vai preparar um miojo pra comer até que acabe. A exclusão de “Ana” da musica refrão de bolero não arranca o charme da canção com um belíssimo trabalho de piano e solo de violão. No mais, me divirto pacas quando quero um som mais light pra relaxar um pouco e que não tenha nenhuma complexidade musical, um dos poucos trabalhos nacionais que conseguem alinhar isso ainda, letra boa e melodia simples, e...ainda fica bom. Recomendo sem restrições e sem preconceito mesmo. Depois de O Papa é Pop, é a melhor pedida da banda com certeza.
*O DVD vem com cifras de violão em cima das letras pra poder tocar junto, bem bacana.

Melhor musica: Refrão de Bolero

Musica desnecessária: Pose

Nota: 7,5

Line Up:

Humberto Gessinger: Voz Violão e Gaita de Boca

Fernando Aranha: violão, bandolim e dobro

Bernardo Fonseca: baixo eletroacústico

Gláucio Ayala: bateria, vocais e percussão



segunda-feira, 9 de abril de 2012

BON JOVI - BOUNCE - 2002


Eu praticamente desconheço qualquer resenha ou artigo que fale nem que seja vagamente, sobre este disco. Na minha opinião, este é o play mais injustiçado da carreira da banda, visto que antecede uma ligeira decadência de composições e melodias, e sucede o digamos, ultimo bom álbum do Bon Jovi de nome, Crush. Mesmo hoje em dia todo mundo sabendo que Bounce é relativamente melhor do que o mediano Have a Nice Day e o fraco Lost Highway, a maioria torce o nariz pro disco seja lá por qual motivo. Seja pelo excesso de camas de teclado, pela ausência de solos mais agressivos de guitarra ou até mesmo pelas lineares e simples canções mesmo. Bounce emplacou 3 bons hits até: “Misunderstood”, “All About Loving You” e a carismática “Everyday”. É fato também que a coisa mais rara em qualquer show dos caras, é a presença de qualquer musica deste disco no set list. Por isso, e por todo o mais, considero um disco injustiçado nesta discografia, pois ele não é ruim, nem deveras regular e sim, bom. Os backing vocals estão ali, como sempre e até mais melódicos que de costume, a batera de Tico Torres mantêm o padrão da boa cozinha com o baixista Hugh Mcdonald, os teclados de David aparecem mais, é bem verdade também. O tempero final fica por conta das duas estrelas maiores que, se não brilham tanto como em registros anteriores, por outro lado dão um toque especial em belíssimas canções, simples, porém com muito feeling. Vide “The Distance, Right Side of Wrong e Love Me Back To Live”. É evidente que o disco conta com uma ou duas musicas extremamente desnecessárias talvez, mas nada que comprometa de fato. Bom CD e muito bem produzido como sempre, em resumo Bounce tem pegada de Have a Nice Day com temperos de Crush...pronto, simples assim e, guardadas as devidas proporções...e inspirações.

Melhor musica: The Distance
Musica desnecessária: Open All Night
Nota: 7,5

 Line Up:

Jon Bon Jovi: Vocals
Ritchie Sambora: All Guitars and backing vocals
Tico Torres: Drums
David Bryan: Keyboards and Pianno
Hugh McDonald: Bass